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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

OXI, conheça alguns efeitos que essa droga causa


Usar drogas causa problemas na memória?


Uma pesquisa mostrou que aqueles que usam drogas casualmente perdem a memória com mais facilidade do que pessoas que não usam nenhuma droga. A memória prospectiva (aquela que usamos quando precisamos lembrar de fazer alguma atividade) daqueles que usam drogas, mesmo que só em festas e outras ocasiões, apresenta grandes falhas.
Estudantes usuários de drogas e não usuários foram entrevistados para a pesquisa. Eles precisaram responder perguntas relativas às drogas (a quantidade e a freqüência com que usavam drogas) e, posteriormente, precisaram fazer testes de memória.
Os resultados mostraram que usuários de drogas “recreativas” como ecstasy e maconha sofrem de vários danos na memória. Usuários de cocaína além de sofrerem perda da memória recente também não conseguem reter informações a longo prazo.
Os cientistas ainda não sabem informar se o uso de drogas é que causa a perda de memória ou se a perda de memória, de alguma forma, influencia o uso de drogas – afinal eles não têm como saber “o que vem antes”.

Eles foram consumidos pela droga

No Brasil, três em cada dez usuários de crack morrem. Droga avança em todo o País rapidamente. E, em São Paulo, a droga de luxo crystal ganha terreno



 Em média, três de cada dez usuários de crack morrem no Brasil. Existem de 600 mil a 1 milhão de dependentes em todo o território nacional. Destes, pelo menos 300 mil devem falecer nos próximos 12 anos. Os dados são estimativas feitas por Ronaldo Laranjeira, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e autor de uma das poucas pesquisas sobre o crack no País. Não há estimativas oficiais.
Trata-se de um retrato do cenário de devastação provocado pelo avanço de uma droga destruidora. Ao todo 131 dependentes foram acompanhados durante 12 anos. No período, 30% dos usuários morreram – mais da metade de forma violenta – ; 30% continuaram dependentes e 10% foram presos. Segundo o médico, apenas uma minoria de 30% parou de usar a droga. “Essa taxa de mortalidade é altíssima, dez vezes maior do que o aceitável em outros países. O crack, assim como o álcool, precisa de vários níveis assistenciais. É uma gama de ações que não existem no Brasil. Falta rede pública adequada”, critica Laranjeira, que também é coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad).
Se antes o crack era uma droga ligada à imagem de moradores de rua ou às classes mais baixas de grandes centros urbanos, hoje ele atinge todas as camadas da população e até mesmo áreas rurais do interior do País. “A expansão de oferta do crack é impressionante. Eu não conheço uma cidade pequena que não tenha um ponto de venda de droga”, pontua Carlos Salgado, psiquiatra e presidente do conselho consultivo da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas.
Debilidade física e mental, problemas psíquicos e de caráter são algumas das consequências do uso prolongado do crack. Além disso, os dependentes têm que lidar com a desnutrição, desidratação, crises hipertensivas e o risco de contrair doenças venéreas em decorrência de comportamento sexual de risco. “A pessoa quando fuma crack fica ativa, come menos e se hidrata menos. Por ser uma droga de ação curta, de 5 a 10 minutos, ela acaba abandonando outras atividades para viver apenas a droga”, explica Salgado. “Normalmente os dependentes apresentam diagnósticos de transtornos de humor e depressão”, completa.


Como detectar se alguém está usando drogas

 As marcas para descobrir se alguém está usando drogas na família ou no círculo de amigos são facilmente percebidas se existe diálogo e uma relação aberta.
Quando falta conversa, também há sinais que podem ajudar pai, mãe, irmão ou avó e avô a descobrir o uso e tentar ajudar o viciado a livrar-se da dependência. Além da devastação no organismo o comportamento avisa.
Há visível mudança física, que inclui perda de peso acentuada, em especial nos usuários de cocaína e crack – os “crackeiros” ainda sofrem de envelhecimento precoce e pele ressecada.
O consumo de drogas deixa o usuário retraído, deprimido, cansado e até descuidado em sua aparência. Um teste da Associação Espaço Comunitário Comenius, de São Paulo, orienta a observar o estilo da pessoa – se ficou agressiva, adotou atitudes violentas e se mudou de amigos.
Para Maria Cecília Heckrath, coordenadora do setor de álcool e drogas da Secretaria de Estado da Saúde, não há fórmula segura para detectar o consumo de drogas, mas é comum perceber o uso se a família tem diálogo.
“Quando os pais são distantes ou a família é desestruturada fica difícil. Aí os pais só percebem quando encontram droga no bolso do filho”, diz Maria Cecília, que trabalhou mais de dez anos no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Capital.

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Sinais que podem indicar consumo de drogas
Especialistas apontam que o conjunto desses fatores pode indicar o consumo de drogas:
- O jovem anda retraído, deprimido, cansado e descuidado do aspecto pessoal (com cabelo e barba por fazer e unhas sujas e mal cuidadas), agressivo, com atitudes violentas.
- Quando a pessoa muda radicalmente o grupo de amizades. Se estuda, mostra dificuldades na escola e perde o interesse por passatempos, esportes e hobbies. Se trabalha, começa a faltar e ficar relapso.
- O usuário muda seus hábitos alimentares, deixa de se alimentar com freqüência e passa a sofrer com distúrbios de sono.
- Usa desodorantes para disfarçar cheiro, fica com os olhos vermelhos, as pupilas dilatadas e usa colírios.
- Mantém conversas telefônicas com desconhecidos, começa a sumir com objetos de valor na casa.
- Adota mudanças no visual, usa roupas sujas e faz apologia a drogas.
- No caso da maconha, quando há caixas de fósforos furadas no centro, ou piteiras e cachimbos, que permitem fumar o cigarro de maconha até o final sem queimar os dedos ou os lábios; papel de seda (para enrolar a droga); tem manchas amareladas entre as pontas dos dedos e queimaduras e há cheiro nos lençóis.
- No caso da cocaína, encontrar cartões de crédito e lâminas (para pulverizar o pó) e canetas sem carga (para aspirar) são sinais de uso.
- Também é importante perceber se o nariz da pessoa sangra com freqüência ou apresenta corizas, se apresenta dificuldade para falar, se gasta mais dinheiro e sai mais de casa, ou passa noites insones.